Emygdio de Barros
(1895 – 1986)

Foi uma criança triste e tímida, revelando desde a infância habilidade manual fora do comum, construindo com velhas caixas e pedaços de madeira brinquedos que surpreendiam a todos.
Na escola, foi sempre o primeiro da classe. Fez o curso de torneiro mecânico e ingressou no Arsenal de Marinha. Destacando-se pela qualidade do seu trabalho, foi designado para fazer um curso de aperfeiçoamento na França, onde permaneceu durante dois anos.
Começou a frequentar o ateliê do Museu em fevereiro de 1947. Apesar de nunca ter pintado antes, seu trabalho atingiu desde o início um alto nível artístico, revelando talento incomum.
Suas obras, desmentindo os preconceitos dominantes na psiquiatria, foram desde logo reconhecidas no mundo da arte. Mário Pedrosa, Almir Mavignier, Abraham Palatnik, entre outros, visitavam-no frequentemente. Emygdio morreu aos 92 anos, deixando no acervo do Museu de Imagens do Inconsciente um legado de aproximadamente 3.300 obras.