O Museu

Criado como um centro de estudo e pesquisa, o Museu de Imagens do Inconsciente, ao longo de sua existência, tornou-se um importante patrimônio cultural da humanidade, aberto a pesquisadores e ao público em geral.

Seus ateliês terapêuticos recebem diariamente frequentadores que criam novos documentos plásticos e compartilham suas experiências no convívio com estudantes, pesquisadores ou visitantes. Sua característica fundamental é constituir-se como um território de liberdade para a expressão de vivências internas e exaltação da criatividade.

A produção dos ateliês revela as riquezas interiores do ser humano, contribuindo para a mudança dos paradigmas estigmatizantes sobre os portadores de transtornos psíquicos.

 

A Reserva Técnica do museu guarda, organiza e conserva esta produção, reunida num acervo com mais de 400 mil obras entre telas, papéis, modelagens, textos e poemas.

Além das exposições internas e externas, o Museu realiza publicações, documentários, cursos, palestras e um Grupo de Estudos aberto a todos os interessados.

O MUSEU É UM CENTRO VIVO DE ESTUDO E PESQUISA INTERDISCIPLINAR SOBRE AS IMAGENS CRIADAS PELOS FREQUENTADORES DE SEUS ATELIÊS TERAPÊUTICOS. ESSES CONHECIMENTOS AUXILIAM NA COMPREENSÃO DOS PROCESSOS PSÍQUICOS NO INTUITO DE PROMOVER O CUIDADO, A SAÚDE MENTAL E O BEM-ESTAR SOCIAL.

Fotos: Arquivo Nise da Silveira SAMII

Definição do MII

Opiniões

“Confio na continuidade e expansão deste trabalho. Trata-se de uma coleção que já tem fama internacional. Espero que as autoridades locais reconheçam seu alto valor e façam o possível para facilitar seu futuro desenvolvimento, pois representa uma contribuição de grande importância para o estudo científico do processo psicótico.”

Ronald Laing

Psiquiatra inglês considerado um dos expoentes da antipsiquiatria

“Fiquei impressionado com as pinturas dos esquizofrênicos brasileiros, pois elas apresentam no primeiro plano características habituais da pintura esquizofrênica, mas noutros planos a harmonia de formas e cores que não é habitual na pintura dos esquizofrênicos. Como é o ambiente onde esses doentes pintam? Suponho que trabalhem cercados de simpatia e de pessoas que não têm medo do inconsciente.”

C. G. Jung

Psiquiatra e fundador da Psicologia Analítica

“Estou profundamente impressionado com as obras de arte que aqui vi. Aumentam o acervo artístico do Brasil e o mundo precisa conhecer estes desenhos e pinturas. Admiro as pessoas que ajudaram os doentes a libertarem-se por esta forma. O Brasil deveria proteger estas obras. Pertencem à maior herança espiritual desta nação.”

Herbert Peé

Diretor do Museu de Arte de ULM, Alemanha

“A Casa das Palmeiras é pioneira no tratamento aberto em nosso país e no mundo. Antes mesmo da grande revolução do movimento psiquiátrico italiano, francês e norte-americano, a Dra. Nise da Silveira, com a Casa das Palmeiras, sinalizava para os Ministérios da Saúde do mundo coisa que hoje é incorporada nos programas de saúde da Organização Mundial da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde − a necessidade da criação dos núcleos de atenção psicossocial, dos centros de atenção psicossocial, dos ambulatórios de psiquiatria, da ala psiquiátrica no Hospital Geral, a possibilidade do tratamento domiciliar.”

Paulo Delgado

Deputado federal, autor do Projeto de Lei que implementou a Reforma Psiquiátrica no Brasil

“O encontro com Nise da Silveira foi um acontecimento que me levou a meditar os obscuros caminhos interiores, aqueles que levam ao secreto manancial das criaturas, além da superfície e do rumor das coisas, aos claustros e aos jardins cultivados, aos confins mediterrâneos do horizonte, ao chão inacessível da noite, e que determinam, afinal, as leis imponderáveis que regem o humano.”

Marco Lucchesi

Filósofo e escritor

“Nise da Silveira teve um papel decisivo, com impressionante sincronia, na história da psiquiatria e da arte brasileiras. Se introduziu métodos inovadores de relacionamento com os doentes, também possibilitou que a arte brasileira caminhasse numa direção originalíssima e impensável antes de sua aparição.”

Ferreira Gullar

Poeta e crítico de arte

“O Museu de Imagens do Inconsciente obra de Nise da Silveira, é um prodigioso acervo antropológico-existencial, em cujos arquivos se pode ler a história do homem, de sua marcha desde as origens até nossos dias, de seu lento acúmulo de experiência, expressos através de mitos e símbolos, cujos eixos estruturais constituem o inconsciente coletivo – patrimônio filogenético da espécie.”

Hélio Pellegrino

Psicanalista e escritor

Linha do Tempo

MII

Década de 1940

1946

Nise da Silveira cria a Seção de Terapêutica Ocupacional no Centro Psiquiátrico desenvolvendo gradativamente 17 atividades diferentes.

Entre elas o Atelier de Pintura e Modelagem.

Exposição reunindo os primeiros trabalhos do Atelier.

Década de 1950

1952

É inaugurado o Museu de Imagens do Inconsciente, em 20 de maio.

 

1956

Nise cria a casa das Palmeiras; Ampliação do Museu.

Década de 1960

1968

Começam as reuniões do Grupo de Estudos do MII, realizando cursos, simpósios, conferências e exposições, sempre tendo como fundamento a produção dos ateliês.

Década de 1970

1974

É fundada a Sociedade Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente.

 

1975

A Dra. Nise é aposentada e passou a registrar os anos de experiências vividos em seu trabalho em livros, filmes, audiovisuais, cursos e exposições.

 

1979

O Museu, através da SAMII, recebe recursos da FINEP e realiza o Projeto Treinamento Terapêutico e Manutenção do Museu, que restaurou e acondicionou parte significativa do acervo, contratou e treinou equipe técnica e instituiu a estrutura administrativa existente até hoje.

Década de 1980

1981

Transferência do Museu para a nova sede, um prédio de dois andares com instalações mais adequadas para suas múltiplas atividades.

Nise publica o livro Imagens do Inconsciente.

Década de 1990

1992

Nise publica o livro O Mundo das Imagens.

 

1999

Falece a Dra. Nise da Silveira. Seu arquivo pessoal é doado à SAMII e está sob a guarda do Museu de Imagens do Inconsciente.

Década de 2000

2000

O Centro Psiquiátrico Pedro II é municipalizado, passando a integrar a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Mudou o nome para Instituto Municipal Nise da Silveira.

 

2003

O Conselho do IPHAN aprova, por unanimidade, o tombamento das principais coleções do Museu, totalizando mais de 128 mil obras.

Década de 2010

2017

O Arquivo Pessoal Nise da Silveira recebe o Registro Internacional do Programa Memória do Mundo da Unesco.

 

2018

O Museu incorpora um novo prédio para expansão de sua sede.

Conexões

Instituições Afins

Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico de São Perdo (Porto Alegre/RS)

Museu Bispo do Rosário

Museu de Arte Osório Cesar

Collection de L’Art Brut

Lille Métropole – musée d’Art moderne, d’Art contemporain et d’Art brut

The Prinzhorn Collection

Equipe

MUSEU DE IMAGENS DO INCONSCIENTE

Direção

  • Luiz Carlos Mello

Assessoria da direção

  • Bruno Araújo

Coordenação técnica

  • Priscilla Moret

Museologia

  • Anelise Gonçalves Machado
  • Mayara Pereira

Equipe técnica

  • Adriana Lemos
  • Eduardo Pamplona
  • Louise Machado
  • Márcia Proença
  • Glória Bina
  • Cláudia Santiago
  • Augusto Bapt

Educativo

  • Jonathan Pereira da Silva
  • Victoria Felix

Administrativo

  • Monique Garcia Lemos
  • Julia Vianna

Sociedade Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente

Presidente

  • Margareth Dalcolmo

Vice-presidente

  • Christina Gabaglia Penna

Coordenação de projetos

  • Eurípedes Junior

Secretária geral

  • Claude Pirmez

Secretária adjunta

  • Georgina Staneck

Tesoureiro

  • Letícia Pirmez

Comunicação

  • Vanessa Rocha

Conselho fiscal (titulares)

  • Glória Chan
  • Gina Ferreira

Conselho fiscal (suplentes)

  • Priscilla Moret
  • Mario Fraga
  • Monica Álvares

Equipe administrativa

  • Sandra Valéria Dantas
  • Marcia Brandão de Moura

Conselho deliberativo

  • Ana Maria Laet
  • Cícero Mauro Fialho
  • Clara Gerchman
  • Elizabeth Mello
  • Érika Silva
  • Flávio Kapczinski
  • Glayds Schincariol
  • Ingrid Beck
  • Luiz Carlos Mello
  • Luiz Spinola
  • Lula Wanderley
  • Maddi Damian
  • Marco Lucchesi
  • Maria Beatriz Bley Martins Costa
  • Maria Luiza Mello
  • Mauro Domingues
  • Max Perlingeiro
  • Pedro Penido
  • Roberto Berliner
  • Rosana Lanzelotte
  • Walter Melo